quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Indiquei-lhe a sala. Ela entrou para a maior divisão desta casa. Tem uma varanda e duas janelas para a rua. Entrou e disse:
— Acolhedora, lp. Bem bonita. Falta-lhe apenas um toque feminino! Arranje-me uma jarra para os cravos.
Aquele à-vontade, como visita de casa sem cerimónia, deixou-me embevecido. Era exactamente assim que eu sonhava como se pode e deve construir uma harmonia.
— A senhora manda — e desandei pelo corredor.
Naquele momento entrou na sala o Querido Gato, vaidoso pela beleza que ostentava depois do SPA da tarde.
— Cá está ele! — disse Simone.
E desde logo se baixou para uma festa. Ele que não amuasse, hem!; também lhe tinha trazido um presentinho.
Tapava a mesa de jantar uma toalha dum tecido de chiffon vermelho transparente sobre sombra branca, dando-lhe assim um tom rosa; pratos da série "cavalinhos" da antiga Fábrica de Sacavém. Copos vermelhos. Talheres. Guardanapos brancos. Um candelabro de casquinha com a velha vela vermelha ainda apagada.
lp

Sem comentários: